Toda a minha história com a nutrição, começou a 19 anos atrás, quando aos 21 anos recebi o diagnóstico precoce de uma disfunção na glândula da tireoide, um hipertireoidismo desenvolvido logo após o término da minha gravidez.
A doença de Graves é a causa mais comum de hipertireoidismo. Ela ocorre quando o sistema imunológico ataca a glândula da tireoide, provocando seu aumento e estimulando a produção do excesso de hormônios. Se não tratado, o hipertireoidismo pode levar a outros problemas de saúde.
Na ocasião a equipe médica que me acompanhava optou por um tratamento a base de iodo radioativo. Esse tratamento é administrado por via oral e captado pela tireoide rapidamente, a intenção é reduzir o excesso de produção hormonal.
Em um período de semanas a meses vai ocorrendo a redução progressiva das células tireoidianas, porém mais frequentemente o paciente evolui para hipotireoidismo após alguns meses.
Desde então, faço o controle do hipotireoidismo, indo regularmente a endocrinologista, mantendo meus exames de sangue em dia e fazendo o uso diário de hormônios tireoidianos (levotiroxina) pelo resto da vida, para manter níveis hormonais normais.
Cuidar da alimentação passou a ser prioridade, para controlar a pressão arterial, glicemia (níveis de glicose no sangue) e o peso. A cada consulta com a equipe médica que me acompanhava (endocrinologista, nutricionista, psicóloga), a minha curiosidade sobre o que mais eu poderia fazer para me ajudar a ter qualidade de vida só aumentava.
Mas, somente no ano de 2019, aos 37 anos, iniciei a faculdade de nutrição. Meu filho que nesta ocasião estava com 17 anos, escolheu terminar o segundo grau e viajar, dar um tempo dos estudos. Foi exatamente neste dia, que entendi que ele precisava deste tempo e eu precisava voltar a estudar. Passei exatamente seis meses pensando em como eu poderia fazer isso, mesmo não me sentindo velha, eu tinha consciência que também não tinha mais 20 anos de idade.
Em julho de 2019, fiz minha matrícula e iniciei o curso de nutrição. A estreita relação entre o hábito alimentar, o manejo do estresse e a diminuição do risco de doenças crônicas e também da sua importância no tratamento destas enfermidades foi o que me impulsionou a iniciar este curso.
Por várias vezes pensei em desistir, foram anos difíceis, pandemia, aulas online, a ausência do meu filho em casa, mas o amor pela nutrição, a busca constante por conhecimento, só aumentava e desistir deixou de ser uma opção. Voltar a estudar sempre foi um sonho para mim. Concluir o curso de nutrição, passou a ser meu foco, e a cada aula, em cada aprendizado, a certeza que eu estava no lugar certo só aumentava. E hoje a pouco menos de seis meses da conclusão do curso, eu me sinto bem, feliz e com muita vontade de compartilhar o meu conhecimento.
#nutriçãoamorporcuidar
“Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio”. Hipócrates (460 a.C.-377 a.C.) foi um médico grego, considerado o pai da medicina, o mais célebre médico da antiguidade e o iniciador da observação clínica.