Doenças autoimunes, como lúpus, artrite reumatoide, esclerose múltipla, tireoidite de Hashimoto, doença celíaca, psoríase e doença de Crohn, ocorrem quando o sistema imunológico ataca equivocadamente os próprios tecidos do corpo. Embora não exista cura definitiva, a alimentação tem grande potencial terapêutico, atuando em três frentes principais:
1. Modulação do Sistema Imunológico
Certos nutrientes podem ajudar a equilibrar a resposta imune, reduzindo a hiperatividade do sistema e, consequentemente, o ataque ao organismo. A vitamina D, por exemplo, é conhecida por seu papel na regulação imunológica, e baixos níveis estão associados a maior risco de exacerbação dos sintomas autoimunes. Zinco e selênio também são essenciais nesse processo.
2. Redução da Inflamação
A inflamação crônica está no centro das doenças autoimunes. Um plano alimentar anti-inflamatório pode reduzir essa inflamação sistêmica, aliviando sintomas como dor, fadiga e inchaço. Alimentos ricos em ômega-3 (como peixes gordurosos, linhaça e chia), antioxidantes (presentes em frutas e vegetais coloridos), e compostos bioativos (como a curcumina, do açafrão) são altamente recomendados.
Por outro lado, alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares refinados, gorduras trans e aditivos alimentares devem ser evitados, pois podem desencadear inflamações e piorar os sintomas.
3. Reparo da Mucosa Intestinal e Equilíbrio da Microbiota
Muitas doenças autoimunes estão associadas à alteração da microbiota intestinal e ao aumento da permeabilidade intestinal (conhecida como “intestino permeável”). Nutrientes como glutamina, colágeno, fibras prebióticas e probióticos específicos ajudam a restaurar a integridade intestinal e promover o equilíbrio das bactérias benéficas.
Importância da Personalização
Cada paciente com doença autoimune tem um histórico único, sintomas específicos e respostas distintas aos alimentos. Por isso, a personalização é essencial. Um plano alimentar para uma pessoa com esclerose múltipla será diferente daquele indicado para alguém com doença celíaca ou lúpus.
Além disso, fatores como uso de medicações, estilo de vida, nível de atividade física e exames laboratoriais devem ser cuidadosamente analisados para ajustar tanto a alimentação quanto a suplementação, quando necessário.
Exemplos de Estratégias Nutricionais
Dietas anti-inflamatórias: como a Dieta Mediterrânea ou protocolos mais específicos como a dieta autoimune (AIP).
Suplementos com base em avaliação individual: vitamina D, ômega-3, magnésio, probióticos, curcumina.
Eliminação de alimentos gatilhos: como glúten, laticínios ou soja, quando identificados como agravantes dos sintomas.
Reintrodução gradual e monitoramento de sintomas: para garantir que o plano seja sustentável e eficaz a longo prazo.
Conclusão
O papel do nutricionista no tratamento de doenças autoimunes vai muito além do que colocar restrições alimentares. É um trabalho profundo de investigação, cuidado e apoio contínuo. A nutrição adequada pode transformar a jornada do paciente, proporcionando mais energia, menos crises, controle da inflamação e, principalmente, uma vida com mais equilíbrio e bem-estar.
Se você convive com uma condição autoimune, saiba que um plano alimentar individualizado pode ser uma poderosa ferramenta terapêutica. E você não precisa enfrentar isso sozinho — conte com o apoio de um nutricionista especializado para caminhar com você nessa jornada.
Se você convive com uma condição autoimune, saiba que um plano alimentar individualizado pode ser uma poderosa ferramenta terapêutica. E você não precisa enfrentar isso sozinho — conte com o apoio de um nutricionista especializado para caminhar com você nessa jornada.
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